O corpo.
O corpo ainda é o mesmo,
que, escoriado por batalhas, vive.
Batalhas de outrora, mas que vivem em um coração fadigado
e que bate na velocidade com que a mente lembra do passado.
Passado esse que é manchado de sangue,
e com o cheiro acre da morte.
O que contradiz o seu discurso de liberdade e paz.
Mas o que mais pesa em seu peito,
faz o seu coração bater descompassado,
é a lembrança de que algum dia amou.
E amou com todas as suas forças, alguém que não mais está entre nós.
A dor da perda se multiplica,
porque sabe que se ela ainda estivesse aqui
poderia tê-la em seus braços.
Agora, sentado ao parapeito da janela,
espera que, por um milagre, a sua amada venha buscar sua alma.
E enquanto ela não vem, ele nada mais faz, apenas espera...
Espera que seu corpo escoriado padeça
perante ao imponente tempo que, implacável, nunca para.
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